sábado, 20 de agosto de 2011

Se arrisque!


      


              A vida é uma mudança e a cada instante te leva por caminhos que você jurou que não iria passar, como conviver com pessoas que antes detestava ou gostar de alguma coisa que antes não te agradava. Depois de algum tempo a sua concepção pode mudar e estas mudanças podem ter se tornado o ideal ou lhe proporcionar algo que você sempre sonhou. Porém o que nunca muda na vida é a duvida que corrói tanto e com o tempo... passa a atormentar!

O perfeito pode estar ao seu lado, batendo a sua porta, mas a duvida insiste em levar a insegurança.

            As palavras “e” e “se” são inofensivas como quaisquer outras palavras, mas coloque-as juntas, “e se?”, e elas formão uma simples frase que pode te atormentar pelo resto da sua vida, a duvida do que poderia ser. E se eu tivesse me arriscado? E se eu tivesse me declarado? E se eu tivesse percebido? E se eu tivesse tido a coragem de me expor?

Somos tão egocêntricos em alguns momentos que relutamos em deixar alguém fazer parte da nossa vida, talvez por não ter percebido o quão importante aquela pessoa é ou era para você, ou, simplesmente, por se apegar ao estável.

         Não deixe o medo de viver te atrapalhar, porque estamos nessa vida para aprender, cair, e, se possível, aprender com os erros. Falando desta forma faz parecer algo fácil, mas não é! “Nunca deixe o medo de errar impedir que você jogue” (F. Nietzsche).

        Estava me lembrando das pessoas que passaram pela minha vida e, infelizmente, eu deixei uma grande dúvida durante a minha trajetória. Hoje percebo que se eu tivesse me arriscado e vencido os obstáculos que colocavam em risco a minha estabilidade - vencido o orgulho, a duvida, a insegurança e a falta de coragem para me arriscar - eu poderia ter tido uma experiência perfeita ao lado da pessoa que eu amo, pena que só reconheci há pouco tempo.

         Definitivamente a nossa vida não é um conto de fada onde o príncipe (ou princesa) encantado espera pacientemente... a vida continua, e ele, naturalmente, seguiu em frente e parece estar muito feliz, enquanto eu sinto agora o que deveria ter sentido a um bom tempo atrás, mas a duvida não me deixou. Tive medo de ter um relacionamento serio e talvez tenha perdido um grande amor.

Se arrisque, viva, cometa erros e se arrependa, mas tenha o que contar. Porque o que mais dói é ter uma lembrança vaga, um ponto de interrogação, um “e se?” em sua vida. Viva e tente, porque sempre é tempo de se arriscar, e se não der certo você vai voltar para onde estava, mas adquiriu experiência. “Viva o presente porque o futuro não nos pertence, o que passou está no passado e não voltará, o futuro ainda não chegou e não temos certeza se chegará, mas o presente é o maior presente que Deus nos dá, e só podemos vivê-lo hoje” (Roberta Di Giácomo).

Não faças da tua vida um rascunho, pois pode não haver tempo de passar a limpo.” (André Rossato)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Juliet's Lovers

Estou postando um monólogo que escrevi para um evento, ele aborda a maturidade que adquirimos após várias relações falhas e a quebra, para as mulheres, daquele padrão de que temos que ser perfeitas e esperarmos o nosso príncipe encantado. 

Não existem relações perfeitas, pois elas sempre estão suscetíveis a falhas e não vamos acertar sempre. Espero que gostem desse monólogo, porque para os homens ele vai mostrar a face de uma mulher independente, moderna e consciente da sua sexualidade; e, para as mulheres, mostrará a força que buscamos, em alguns casos temos, e a realidade misturada com aquele gostinho de auto-estima.  





Sou uma pessoa de dentro para fora, não o inverso. Para dizer o mínimo. Sou complexa, sou mistura, sou mulher, com rosto de menina e a alma de poeta. Caso se deixe iludir pelo o meu encanto conhecerá alguém perverso que vai te fazer cair, vai te fazer chorar, vai te fazer sangrar e não terá um pingo de complacência. Acredito em sonhos, mas não em utopias. Mas quando sonho, sonho muito alto. Quando amo, amo por inteiro. Não me dôo pela metade, não sou sua meio amiga, não sou seu meio amor, sou tudo ou nada. Odeio meio termos. Sou incerta demais para os seus planos, se sou isso hoje… Amanhã já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida exige um pouco mais de mim. Me perco, me procuro, me acho. E quando necessário enlouqueço e deixo rolar… Quando fico nervosa começo a falar alto,  quando tenho um pensamento ele tem que sair. Sou incerta demais, tolerante de menos e escrava das minhas vontades. Apesar de ser alguém que já chorou demais para chorar por qualquer um, acredito em segundas chances, mas não em terceiras. Não me encaixo a padrões, não gosto de ser testada. Procuro ser exatamente o que quero ser.
Então não me diga quem eu sou, já vi muitos chorarem por mim, já machuquei e fui machucada, iludi muitos, já fiz o errado, sou incerta, mais me conheço mais que posso e não preciso de seus julgamentos.


Às vezes é preciso experiência para aprender a chorar menos, amar demais e sentir de verdade. 


Beijos Gi.

sábado, 13 de agosto de 2011

Amor Virtual

      Estava a conversar com uns amigos e me sugeriram que escrevesse sobre amores virtuais, afinal quem já não se submeteu a um amor virtual? Por diversas circunstâncias. Posso garantir que com a globalização, poucos não passaram por essa prova, como diria Roger Bussy "A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: Apaga o pequeno, inflam o grande".
       Vou tratar deste tema tão delicado, baseado em experiências próprias e de pessoas próximas.







      Não posso afirmar que tive as melhores experiências e que sempre vou guardar como um relacionamento marcante, como se fosse uma ótima lembrança, mas tenho que levar em conta o quanto aprendi com tais experiências. Coisa que o relacionamento afável ou o que podemos chamar friamente de relacionamento real, não me ensinou. Coisas como: Superar a distância, o tempo, a aparência e principalmente o padrão.
      Com tudo, pude ver o quão intenso e único tais experiências são, o quão emotivas elas podem ser. Mas ao mesmo tempo somos submetidos a aqueles que não à consideram algo real. Contraditório não? Um amor virtual ser real. Por mais esdrúxulo que possa parecer, muitas pessoas o consideram e por muitas situações o priorizam e não o tomam como garantia.
      Para aqueles que não o valorizam, deveriam levar em conta que qualquer coisa fundamentada com o amor como essência, um sentimento tão nobre, deve saber que é algo sublime. Pois o amor é a nossa essência, nossa sobrevivência, como diz um poeta que tanto gosto: O homem ama, porque o amor é a essência da alma.
      Devemos considerar o amor virtual sim, ele possui o amor implícito até em sua nomenclatura, mas como todos os demais relacionamentos ele é falível. Pois existem aqueles que não amam, não o tornam algo mútuo e para estes ignorantes, como nós fomos um dia, para estes nós resta o papel de trazer experiências para que quando amarem saibam se doar por inteiro.
      Então se me perguntarem se eu acredito, direi que sim mais não sou a favor e que não ousarei tentar vive-lo, não por livre espontânea vontade. Pois o que pode e foi real para mim, para muitos é algo virtual, anódino.


Beijos Gi.